Obter uma comunicação ampla do sistema de medicação possibilita aos profissionais envolvidos, condições de análise e intervenções que evitam riscos ao paciente.

A performance multidisciplinar do farmacêutico, em contínuo diálogo com outras profissões e áreas é um aspecto muito destacado no cenário da saúde. A atuação desses profissionais em equipes interdisciplinares é apontada como condição essencial para garantir o sucesso do tratamento do paciente.

A confiança é fator fundamental nas relações entre o farmacêutico-paciente e o farmacêutico e os demais profissionais da saúde, não só na condução de uma orientação técnica que traga benefícios ao tratamento, como também na forte atuação em ministrar treinamento aos membros da equipe, responsáveis pela preparação e administração das fórmulas, garantindo a eficácia da prescrição e a qualificação dos profissionais envolvidos.

É o farmacêutico, o profissional encarregado por fornecer um sumário de todas as informações clínicas relevantes a outros farmacêuticos e médicos, que possam vir a assumir a responsabilidade daquele paciente em outro turno de trabalho. A comunicação integrada na equipe traz o resultado de um trabalho de sucesso. Possuir dados precisos sobre os benefícios e os riscos atrelados a cada prescrição, evita ocorrências de efeitos adversos.

Estabelecer um vínculo de parceria entre os médicos, enfermeiros, terapeutas, psicólogos, nutricionistas e farmacêuticos é a grande meta de todas as clínicas e hospitais, como forma de prevenção aos erros de medicação que ocorrem com determinada frequência.

As falhas nas prescrições são atualmente um problema mundial de saúde pública. Dados provenientes de pesquisas mostram que os erros na medicação representam 30% dos casos. Uma triste realidade no trabalho dos profissionais de saúde, com sérias consequências para pacientes e organização hospitalar.

Um estudo, publicado recentemente na revista Acta Paulista de Enfermagem, aponta: erros de tempo na administração dos medicamentos (77,3%), erros de dosagem respondem por 14,4% dos casos, seguido de erros de vias de administração (6,1%), de medicamento não autorizado (1,7%) e de troca de paciente (0,5%).

O resultado do estudo reflete a necessidade de obter uma equipe multidisciplinar, trabalhando em perfeita harmonia, conectada e cruzando informações com dados da história clínica do paciente. Para que isso ocorra, é imprescindível o absoluto entendimento dos profissionais e da equipe de saúde no processo de utilização dos medicamentos.

Escrito por Renata Carvalho / Novembro de 2011 - Copyrights fotos : Fotolia.com

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